17 de outubro de 2013

Centenário de Vinícius de Moraes

"É melhor ser alegre que ser triste
A alegria é a melhor coisa que existe.
É assim como a luz no coração."
(Samba da Benção)
 
Marcus Vinícius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, Gávea, Rio de Janeiro. Foi diplomata, poeta, dramaturgo, jornalista e compositor.
Formou-se na Faculdade de Direito do Catete. Em 1928 escreveu as letras de "Loura ou Morena" e "Canção da noite". Publicou entre 1933 a 1938: "O caminho para a distância", "Forma e Exegese", "Ariana, a Mulher" e "Novos Poemas". Em 1943, publicou "Cinco Elegias" e se iniciou na carreira diplomática. Em 1954, publicou sua "Antologia Poética". Em 1956, "Orfeu da Conceição" foi encenado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1957, publicou o "Livro de Sonetos" e em 1958 lançou o histórico disco "Canção do Amor Demais". No ano seguinte, ganhou a Palma de Ouro em Cannes com o filme "Orfeu Negro" e publicou "Novos Poemas II".  Em 1962, publicou "Para viver um grande amor". Em 1965, publicou a peça "Cordélia e o Peregrino" e, no ano seguinte, "Para uma menina com uma flor".
No final de 1968 foi afastado da carreira diplomática tendo sido aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional Número Cinco, o AI-5.
Na década de 1970, já consagrado e com um novo parceiro, Toquinho, Vinicius seguiu lançando álbuns e livros de grande sucesso. Era também chamado de "poetinha", apelido dado por Tom Jobim.
Vinícius de Moraes casou-se nove vezes e teve cinco filhos. Morreu em 9 de julho de 1980.
 
Para saber mais sobre Vinícius, acesse:
Poesia, música, prosa, vida e outros olhares...
 
 
Ai, quem me dera
Ai quem me dera, terminasse a espera
E retornasse o canto simples e sem fim...
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim

Ai quem me dera percorrer estrelas
Ter nascido anjo e ver brotar a flor
Ai quem me dera uma manhã feliz
Ai quem me dera uma estação de amor

Ah! Se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem ser casais

Ai quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afins
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim

Ai quem me dera ouvir o nunca mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E finda a espera ouvir na primavera
Alguém chamar por mim...
 
 
 
Soneto de Fidelidade
 De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
 
Bibliografia
AFONSO, Carlos Alberto. ABC Vinícius de Moraes. Rio de Janeiro: Ed. Novo Quadro, 1991.
MORAES, Vinícius. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Ed. A Noite, 1960.
 

10 de outubro de 2013

Dia da Criança - dê livros!

Estimular o hábito da leitura nos pequenos é enriquecedor, quanto mais cedo melhor.
Quando um adulto lê para uma criança, mostra caminhos cheio de possibilidades. Dá a ela o direito à educação, à cultura e ao divertimento.
Através dos livros, as crianças aprendem a nomear o mundo a sua volta, se expressar e se socializar.
Para despertar o gosto pela leitura em crianças, reserve em sua casa (ou na escola) um "cantinho" dos livros. Tenha um espaço para guardar os livros, sempre bem-cuidado, sempre em ordem. Mostre a elas o seu respeito e admiração pelos livros.
Habitue a criança a reservar um tempo, ainda que pequeno, para sua "Hora de Leitura". Sempre que puder, não deixe de acompanhar a criança, dedicando-se também a essa leitura diária. Mesmo que não seja uma leitura compartilhada, mostre sua dedicação a esses minutos; você com o seu jornal ou livro e a criança com qualquer livro que queira ler.
Os livros infantis são ricos, tudo é importante, não só o texto, também a capa, as letras e as ilustrações.
 
 A seguir, algumas sugestões de livros:
 
Até 3 anos
Telefone sem fio - Ilan Breman. Ed. Companhia das Letrinhas.
Contos de Grimm.Tradução de Heloísa Jahn. Ed. Companhia das Letrinhas.
Cacoliques - Tatiana Belink. Ed. Melhoramentos.
Onda - Suzi Lee. Ed. Cosac Naify.
Tudo bem ser diferente. -Tod Parr. Ed. Panda Books.
Bruxa, bruxa venha a minha festa. - Druce Arden. Ed. Brinque- Books.
A Casa Sonolenta - Andrey Wood. Ed. Ática
  
De 4 a 5 anos
Coleção Mico Maneco. Ana Maria Machado. Ed. Salamandra.
O Grúfalo - Julia Donaldson. Ed. Brinque-Books
A arca de noé - Vinícius de Moraes. Ed. Companhia das Letrinhas.
Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias - Ruth Rocha. Ed. Moderna.
Soltei o Pum na escola! - Blandina Franco e José Carlos Lollo. Ed. Companhia das Letrinhas.
 
De 6 a 10 anos
O Mistério do Coelho Pensante - Clarice Lispector. Ed. Rocco.
Alice no País da Maravilhas. Lewis Carroll. Ed. Zahar.
As aventuras de Dom Quixote de La Mancha. Ana Maria Machado. Ed. Mercuryo.
O fazedor de amanhecer - Manoel de Barros. Ed. Salamandra.
Sete histórias para sacudir o esqueleto - Angela Lago. Ed. Companhia das Letrinhas.
Contos de adivinhação - Ricardo Azevedo. Ed. Ática.
O gênio do crime - João Carlos Marinho. Ed. Global
 
Mais dicas de livros infantis e juvenis, acesse:
Educar para Crescer
 
Revista Nova Escola
 
Participe da campanha do Itaú: Ler para uma criança. Faça a inscrição e receba dois livros, grátis. Os livros são de ótima qualidade. Aproveite!
 
Feliz Dia das Crianças!
 
 
 

4 de outubro de 2013

Livros, leituras, leitores...

 
"É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido."
(José Saramago)
 
"Onde eu não estou, as palavras me acham."
(Manoel de Barros)
 
"Um livro deve ser o machado que partirá os mares congelados dentro de nossa alma."
(Franz Kafka)
 
"Sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca."
(Jorge Luís Borges)
 
"O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive."
(Pe. Antônio Vieira)
 
"A leitura engrandece a alma."
(Voltaire)
 
"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma."
(Fernando Pessoa)

 
"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade das pessoas não sente esta sede."
(Carlos Drummond de Andrade)
 


 


30 de setembro de 2013

Não tão ruim assim

Compartilho este quadrinho da comunidade "Quadrinhos Ácidos" postado em uma rede social e aproveito para lançar uma reflexão: há um lado ruim em gostar de livros?