27 de janeiro de 2013

Retrato de uma cidade - na visão de Drummond

Carlos Drummond de Andrade, meu poeta querido, que me encanta sempre. Nunca é demais relembrá-lo.
Em  http://drummond.memoriaviva.com.br, descubro um poema que eu desconhecia: "Retrato de uma cidade" - que descreve com  maestria os encantos da nossa cidade maravilhosa. Uma homenagem apaixonada de um mineiro com alma carioca.
Destaco alguns trechos, como aperitivo:

"Tem nome de rio esta cidade
onde brincam os rios de esconder.
Cidade feita de montanha
em casamento indissolúvel
com o mar. (...)"


"(...)Eis que um frenesi ganha este povo,
risca o asfalto da avenida, fere o ar.
O Rio toma forma de sambista.
É puro carnaval, loucura mansa,
a reboar no canto de mil bocas,
de dez mil, de trinta mil, de cem mil bocas,
no ritual de entrega a um deus amigo,
deus veloz que passa e deixa
rastro de música no espaço
para o resto do ano.


"(...) Este Rio peralta!
Rio dengoso, erótico, fraterno,
aberto ao mundo, laranja
de cinquenta sabores diferentes
(alguns amargos, por que não?),
laranja toda em chama, sumarenta
de amor.
Repara, repara nas nuvens; vão desatando
bandeiras de púrpura e violeta
sobre os montes e o mar.
Anoitece no Rio. A noite é luz sonhando."


Leia a poesia completa em:
http://drummond.memoriaviva.com.br/alguma-poesia/retrato-de-uma-cidade/

 
 
 

26 de janeiro de 2013

Max e os Felinos X Life of Pi


O escritor Moacyr Scliar fala sobre a polêmica envolvendo seu livro "Max e os Felinos" e a obra "Life of Pi", do canadense Yann Martel, nesta entrevista realizada pela LP&M Editores.
Moacyr Scliar revela que não pretende processar o autor canadense por plágio, pois além do transtorno que isso causaria, também não considera que usar a ideia dos outros seja um plágio. Plágio, segundo ele, é copiar uma obra inteira. O que mais o aborreceu foi o fato de Yann Martel dizer que não leu o livro, e sim uma resenha (que até o momento, a fonte, não foi confirmada).


                             
            



 

23 de janeiro de 2013

A prosa poética de Mia Couto


Natural da Beira, Moçambique, Mia Couto é considerado um dos nomes mais importantes da nova geração de escritores africanos de língua portuguesa.
António Emílio Leite Couto é conhecido por Mia desde a infância. Há duas versões para a origem do apelido, uma delas diz que quando ele tinha entre dois ou três anos pensava que era um gato e alimentava-se como eles.  A outra versão para  “Mia” vem do fato do irmão menor não conseguir pronunciar “Emílio”.
Biografia disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mia_Couto

 
Mia Couto é um “escritor da terra”, escreve e descreve as próprias raízes do mundo, explorando a própria natureza humana na sua relação umbilical com a terra.
A sua linguagem fértil em neologismos, confere o atributo singular de percepção e interpretação da beleza interna das coisas.  
É o único africano membro da Academia Brasileira de Letras.
Atualmente é o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no estrangeiro.
Seu último livro, "A confissão da leoa", é inspirado em fatos reais. São dois narradores que se alternam, o caçador e a moradora da aldeia de Kulumani.  O caçador é enviado à região para liquidar os leões que aterrorizam a aldeia, e se depara com situações complexas.
Um drama denso que mistura mito e realidade. Para os fãs, imperdível.
 
 
 
 

20 de janeiro de 2013

DIREITOS IMPRESCRITÍVEIS DO LEITOR

  1. O direito de não ler.
  2. O direito de pular páginas.
  3. O direito de não terminar um livro.
  4. O direito de reler.
  5. O direito de ler qualquer coisa.
  6. O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissíve).
  7. O direito de ler em qualquer lugar.
  8. O direito de ler uma frase aqui outra ali.
  9. O direito de ler em voz alta.
  10. O direito de calar.

(Daniel Pennac) 
 
 
TEC TEC TEC...

Podemos consultar as mais recentes publicações nacionais e internacionais no CCBB Rio de Janeiro. São cerca de 30 publicações, entre elas: The Economist, Bravo, Le Monde Diplomatique, Beaux Arts Magazine, Veja, Isto É, Rollings Stones Brasil e outras.
Disponível na  Biblioteca do CCBB: 5º andar, terça a domingo, das 9h às 21h. Entrada Franca.
http://www.bb.com.br/cultura

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Segundo o Jornal O Dia, um estudo britânico divulgou, em Londres, que ler autores clássicos estimula o cérebro. De acordo com a pesquisa, a atividade cerebral aumenta quando o leitor encontra palavras incomuns ou diferentes das usadas no vocabulário coloquial atual.
 
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A Justiça do município de Macaé, Rio de Janeiro, manda recolher livros "impróprios".  O sucesso de "50 Tons de Cinza" foi uma das causas da proibição.