15 de outubro de 2011

O prazer de ler


O livro Comédia para se Ler na Escola, de Luis Fernando Veríssimo, apresenta um prefácio, escrito por Ana Maria Machado intitulado Bom de Ouvido. A escritora examinou a obra sob o ponto de vista do leitor jovem e encontra respostas para seduzir os leitores a lerem Veríssimo.
O trecho que destaco abaixo, despertou-me para a lembrança da descoberta do prazer da leitura.

"Volta e meia a gente encontra alguém que foi alfabetizado, mas não sabe ler. Quer dizer, até domina a técnica de juntar as sílabas e é capaz de distinguir no vidro dianteiro o itinerário de um ônibus. Mas passa longe de livro, revista, material impresso em geral. Gente que diz que não curte ler.
  Esquisito mesmo. Sei lá, nesses casos, sempre acho que é como se a pessoa estivesse dizendo que não curte namorar. Talvez nunca tenha tido a chance de descobrir como é gostoso. Nem nunca tenha parado para pensar que, se teve alguma experiência desastrosa em um namoro (ou em uma leitura), isso não quer dizer que todas vão ser assim. É só trocar de namorado ou namorada. Ou de livro. De repente, pode descobrir delícias que nem imaginava, gostosuras fantásticas, prazeres incríveis. Ninguém devia ser obrigado a namorar quem não quer. Ou ler o que não tem vontade. E todo mundo devia ter a oportunidade de experiementar um bocado nessa área, até descobrir qual é a sua."



Aos fãs de Clarice Lispector

  Benjamin Moser, pesquisador norte-americano e autor da biografia de Clarice Lispector (Clarice,), desmentiu através do seu Twitter que a atriz Meryl Streep não interpretará a escritora no filme. A obra de Moser será adpatada para o cinema, e a informação que Meryl Streep seria a protagonista, foi divulgada recentemente pelo Jornal O Globo. A atriz para o papel de Clarice, segundo o autor da biografia, ainda não foi escolhida.

   E por falar em Clarice Lispector, fiquei bastante "tocada" ao ver a sua última entrevista em vídeo. Pude então perceber, claramente, todas as suas personagens contidas em sua inigmática personalidade, impressionante...
  A entrevista foi concedida ao jornalista Junio Lerner, para o programa Panorama, da TV Cultura, em fevereiro de 1977. A exibição da entrevista foi após a  morte da escritora (9/12/77),  a pedido dela.


"... eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação ..."