1 de maio de 2013

Eu e o diário de Anne Frank

A minha história com o livro "O diário de Anne Frank" começou há um tempo. Lembro-me que ouvi falar muito dele nos tempos da escola fundamental, mas não tive a oportunidade de lê-lo naquela época. Há um ano assisti ao filme "Escritores da Liberdade", recomendado pelo professor da pós-graduação. Nesse filme, uma inexperiente professora começa a lecionar numa turma de ensino médio muito "problemática" onde a maioria dos alunos era envolvida com gangues. No filme a jovem professora é desafiada a transformar aquele contexto social violento. A partir da leitura da obra "O diário de Anne Frank" muita coisa começa a mudar  na vida daqueles jovens e o desfecho é surpreendente. Confesso que chorei demais, pois o filme é emocionante. Indicadíssimo para todos os profissionais em Educação.
Sábado passado,  viajando de trem,  vejo um jovem lendo um livro com muita atenção, adivinhem qual era? Sim, ele - O diário de Anne Frank. A cena ficou gravada em minha mente e alegrou a minha tarde.
Segunda-feira, observando uma vitrine de uma livraria, muito rapidamente, o que vejo na prateleira giratória? O diário de Anne Frank.
Não se surpreenderão se eu contar que entrei na livraria e comprei o livro num piscar de olhos. Às vezes acho que é o livro que escolhe a gente, será?
Ainda não comecei a minha leitura, mas tenho certeza que será inesquecível.


Anne Frank escreveu um diário em 12 de julho de 1929. No esconderijo, o diário era o único instrumento de liberdade que ela possuía, e, nele relatou a vida cotidiana do Anexo Secreto, as transformações sofridas por cada um dos que ali residiam e angústia daqueles dias.
Ela morreu de tifo, aprisionada no campo de concentração Bergen-Belsen, três meses antes de completar 16 anos.

Sugestões de livros:
Anne Frank - Josephine Poole. Editora SM . (Livro infantil)
O diário de Anne Frank. - Otto H. Frank e Mirjam Pressler. Ed. Best Bolso
O diário de Anne Frank - Anne Frank. Ed. Record
 

Para saber mais, acesse:
http://www.infoescola.com/livros/o-diario-de-anne-frank/
http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdefilmes/641978


"Espero contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda."  (Anne Frank)

 

19 de abril de 2013

Parabéns, Lygia Fagundes Telles!

Hoje, 19 de abril, a escritora Lygia Fagundes Telles completa 90 anos de vida.
Ela nasceu em São Paulo e passou a infância no interior do estado. Formou-se em Direito onde também cursou a Escola Superior de Educação Física, da mesma Universidade.
Entre as obras mais conhecidas estão os romances: "Ciranda de Pedra" (1954) e "As meninas" (1973).
Lygia é membro da Academia Brasileira de Letras e ocupa a Cadeira nº 16 desde 1985.
A  obra da escritora já foi publicada em diversos países: França, Alemanha, Estados Unidos, Espanha, entre outros.
Ganhou inúmeros prêmios  e  teve algumas de suas obras adaptadas para o cinema, teatro e tevê.

Confira a bibliografia completa e alguns contos da escritora em:

http://www.releituras.com/lftelles_bio.asp
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=194


"Não separe com tanta precisão os heróis dos vilões, cada qual de um lado, tudo muito bonitinho como nas experiências de química. Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes a gente melhora. Mas passa ... E que interessa o castigo ou o prêmio? ... Tudo muda tanto que a pessoa que pecou na véspera já não é a mesma a ser punida no dia seguinte."
(Lygia Fagundes Telles)
 
 
 

18 de abril de 2013

Manuel Bandeira

Manuel Bandeira (1886-1968) nasceu em 19 de abril em Recife. Cursou Arquitetura em São Paulo, mas foi obrigado a abandonar o curso em virtude de uma crise de tuberculose. Tratou-se em diversas capitais do país e da Suíça, entre 1916 e 1917, onde conheceu o escritor dadaísta e surrealista Paul Éluard que o coloca a par das inovações artísticas que ocorriam na Europa.
Bandeira é considerado o mestre do verso livre no Brasil e, juntamente com Oswald de Andrade e Mário de Andrade, compôs a tríade da primeira fase modernista, responsável pela divulgação e solidificação desse movimento em nosso país.
  
Para saber mais sobre o poeta Manuel Bandeira, acesse:
 
 
 Poema do Beco
 
Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?
- O que eu vejo é o beco.
 
 
Poema tirado de uma notícia de jornal
 
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no
morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.


O último poema
 
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

 
 O Habitante de Pasárgada, documentário sobre o poeta,
com direção do escritor Fernando Sabino.
 
 

Monteiro Lobato e o Dia Nacional do Livro Infantil

Hoje, dia 18 de abril, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato. Essa data foi instituída em 2012 pela Unesco do Brasil.
 
Monteiro Lobato (1882-1948), paulista de Taubaté, foi um dos escritores brasileiros de maior prestígio, em consequência de sua atuação como intelectual polêmico e autor de histórias infantis.
Sua ação, além do círculo literário, estendeu-se também no plano da  luta política e social. Lobato aspirava ao progresso material e mental do povo brasileiro.
Escritor sem pretensão de promover renovação psicológica ou estética, foi antes de tudo um admirável contador de histórias e de casos interessantes.
A obra de Monteiro Lobato situa-se entre os autores regionalistas do Pré-Modernismo, entre as obras principais estão "Urupês" (1918),"Cidades Mortas (1919) e "Negrinha" (1920).
 
 
A literatura infantil
Monteiro Lobato foi um dos primeiros autores de literatura infantil em nosso país e em toda América Latina.
O livro que lançou Lobato foi "A menina do nariz arrebitado" em 1920. A partir daí personagens como Narizinho, Pedrinho, a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa, Tia Anastácia, Dona Benta, o porco Rabicó, A Cuca, Tio Barnabé, ficaram conhecidos por várias gerações de crianças em diversos países.
Na década de 1970, as aventuras da turma  do Sítio do Picapau Amarelo foi adaptada para a tevê, sendo reapresentada nos anos 90.

 
Para conhecer a bibliografia do autor e suas obras, acesse:

Sugestões de livros:
  • Bibliografias Brasileiras: Monteiro Lobato - Nereida S. Santa Rosa. Ed. Callis;
  • Coleção Crianças Famosas: Monteiro Lobato - Nereida S. Santa Rosa. Ed. Callis;
  • Minhas memórias de Lobato - Luciana Sandroni. Ed. Companhia das Letrinhas;
  • Monteiro Lobato um brasileiro sob medida - Marisa Lojolo.  Ed. Moderna.
 
"A Lobato deve muito o Brasil. Em primeiro lugar o exemplo magnífico e raro do intelectual que não se vende e não se aluga, não se coloca a serviço dos poderosos, ou dos sabidos. [...]
Depois, foi ele um homem de ação e um descobridor. Devem-se a ele a campanha do livro e a campanha do petróleo. Foi ele o criador da nossa literatura infantil." (Oswald de Andrade)