10 de outubro de 2013

Dia da Criança - dê livros!

Estimular o hábito da leitura nos pequenos é enriquecedor, quanto mais cedo melhor.
Quando um adulto lê para uma criança, mostra caminhos cheio de possibilidades. Dá a ela o direito à educação, à cultura e ao divertimento.
Através dos livros, as crianças aprendem a nomear o mundo a sua volta, se expressar e se socializar.
Para despertar o gosto pela leitura em crianças, reserve em sua casa (ou na escola) um "cantinho" dos livros. Tenha um espaço para guardar os livros, sempre bem-cuidado, sempre em ordem. Mostre a elas o seu respeito e admiração pelos livros.
Habitue a criança a reservar um tempo, ainda que pequeno, para sua "Hora de Leitura". Sempre que puder, não deixe de acompanhar a criança, dedicando-se também a essa leitura diária. Mesmo que não seja uma leitura compartilhada, mostre sua dedicação a esses minutos; você com o seu jornal ou livro e a criança com qualquer livro que queira ler.
Os livros infantis são ricos, tudo é importante, não só o texto, também a capa, as letras e as ilustrações.
 
 A seguir, algumas sugestões de livros:
 
Até 3 anos
Telefone sem fio - Ilan Breman. Ed. Companhia das Letrinhas.
Contos de Grimm.Tradução de Heloísa Jahn. Ed. Companhia das Letrinhas.
Cacoliques - Tatiana Belink. Ed. Melhoramentos.
Onda - Suzi Lee. Ed. Cosac Naify.
Tudo bem ser diferente. -Tod Parr. Ed. Panda Books.
Bruxa, bruxa venha a minha festa. - Druce Arden. Ed. Brinque- Books.
A Casa Sonolenta - Andrey Wood. Ed. Ática
  
De 4 a 5 anos
Coleção Mico Maneco. Ana Maria Machado. Ed. Salamandra.
O Grúfalo - Julia Donaldson. Ed. Brinque-Books
A arca de noé - Vinícius de Moraes. Ed. Companhia das Letrinhas.
Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias - Ruth Rocha. Ed. Moderna.
Soltei o Pum na escola! - Blandina Franco e José Carlos Lollo. Ed. Companhia das Letrinhas.
 
De 6 a 10 anos
O Mistério do Coelho Pensante - Clarice Lispector. Ed. Rocco.
Alice no País da Maravilhas. Lewis Carroll. Ed. Zahar.
As aventuras de Dom Quixote de La Mancha. Ana Maria Machado. Ed. Mercuryo.
O fazedor de amanhecer - Manoel de Barros. Ed. Salamandra.
Sete histórias para sacudir o esqueleto - Angela Lago. Ed. Companhia das Letrinhas.
Contos de adivinhação - Ricardo Azevedo. Ed. Ática.
O gênio do crime - João Carlos Marinho. Ed. Global
 
Mais dicas de livros infantis e juvenis, acesse:
Educar para Crescer
 
Revista Nova Escola
 
Participe da campanha do Itaú: Ler para uma criança. Faça a inscrição e receba dois livros, grátis. Os livros são de ótima qualidade. Aproveite!
 
Feliz Dia das Crianças!
 
 
 

4 de outubro de 2013

Livros, leituras, leitores...

 
"É ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas não se pode derramar lágrimas sobre um disco rígido."
(José Saramago)
 
"Onde eu não estou, as palavras me acham."
(Manoel de Barros)
 
"Um livro deve ser o machado que partirá os mares congelados dentro de nossa alma."
(Franz Kafka)
 
"Sempre imaginei o paraíso como uma grande biblioteca."
(Jorge Luís Borges)
 
"O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive."
(Pe. Antônio Vieira)
 
"A leitura engrandece a alma."
(Voltaire)
 
"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma."
(Fernando Pessoa)

 
"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade das pessoas não sente esta sede."
(Carlos Drummond de Andrade)
 


 


30 de setembro de 2013

Não tão ruim assim

Compartilho este quadrinho da comunidade "Quadrinhos Ácidos" postado em uma rede social e aproveito para lançar uma reflexão: há um lado ruim em gostar de livros?

 

27 de setembro de 2013

A leitura compartilhada

"...a leitura compartilhada é a base da formação de leitores.”
                                                                   (Tereza Colomer)
Por que é tão importante compartilhar a leitura? Porque torna possível a troca de experiências com outras pessoas em benefício da construção de sentido, além de tratar de uma aprendizagem social e afetiva.
Na escola, a leitura sempre se relaciona com as atividades compartilhadas. Não se pode manter essa dimensão socializadora dentro dos limites de algo separado, quando se fala dos livros no ambiente escolar.
Crianças ou jovens que exploram juntos os livros, habituam-se depressa a perceber os jogos textuais, as linhas de sentido, as estruturas paralelas, as repetições etc. Conversar com eles sobre o que é lido é fundamental. Muitas atividades podem ser desenvolvidas após uma discussão seguida à leitura compartilhada. Pode-se discutir sobre a história, o ritmo, as personagens, a percepção do objeto-livro (capa, encadernação, paginação, ilustração, formato) etc. Essas atividades ajudam na compreensão da leitura e proporciona uma aprendizagem rica, ou seja, cada um tem a oportunidade ver a forma em que operam os outros no entendimento do texto.
"Para a escola, as atividades compartilhadas são as que melhor respondem a esse antigo objetivo de 'formar o gosto' a que aludimos; porque comparar a leitura individual com a realizada por outros é o instrumento por excelência para construir o etinerário entre a recepção individual das obras e sua valorização social." (COLOMER, 2007)
O professor que provoca uma discussão, por exemplo, no início de um capítulo, está criando um espaço de leitura compartilhada em classe. Desde modo, dá oportunidade à apreciação com os demais e a construção de um sentido entre todos os alunos leitores.
O livro a ser compartilhado deve ser aquele que ofereça alguma dificuldade ao leitor. Se não há um significado que requeira um esforço de construção, não se pode negociar um sentido. Encontrar ambiguidades interessantes encaminha o leitor a buscar indícios, reler passagens e discutir possíveis interpretações.
A escola é o contexto de relação onde se constrói essa ponte. Não se pode deixar de dar aos alunos a oportunidade de atravessá-la.
Bibliografia:
COLOMER, Tereza. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.