22 de outubro de 2020

LEITURAS NO INSTAGRAM!

Olá leitores, agora estou também no Instagram para ampliar o círculo de apaixonados por literatura.

Por ser um espaço de mais interatividade, está enriquecedora a troca com diversas pessoas que, assim como eu, buscam incentivar a leitura e partilhar o amor pelos livros.

Lá na minha página, @leiturasliteratura no Instagram, você tem dicas de livros, informações literárias, a "cereja do bolo" - as sextas-feiras poéticas (um vídeo com uma poesia, escolhida sempre com muito carinho, todas as semanas) e muito mais...

Por conta disso, posso ficar um tempinho sem postar neste blog, mas não sumi não! Estou viajando em novas plataformas, pois se reinventar é sempre muito válido.

Vejo vocês lá e boas leituras! 📚📚📚📚




6 de junho de 2020

LIVROS X FILMES

A escritora Ana Maria Machado, no livro "Os Clássicos Universais desde cedo", descreve no capítulo "Clássicos, Crianças e Jovens", uma dica importante para incentivar a leitura: "O primeiro contato com um clássico, na infância e adolescência, não precisa ser com o original. O ideal é uma adaptação bem-feita e atraente." 
Podemos incluir nessas adaptações os filmes baseados em obras literárias. Muitos livros foram adaptados para o  cinema e alavancaram as vendas. Confesso que prefiro ler o livro e depois assistir ao filme, mas em se tratando de incentivar um jovem ao mundo literário, nada melhor que indicar um filme para despertar a curiosidade dele. Quem sabe nasce um futuro leitor? Acredito que muitos que assistem a um filme, têm interesse em saber mais detalhes sobre a história e acabam lendo a obra original.

OS PRIMEIROS FILMES ADAPTADOS
Segundo a  Revista Super Interessante, em 1896 foi lançado o primeiro filme que se tem registro:"Triby e o pequeno Billee", um curta, de 22 segundos, que recria uma cena do livro "Trilby", do escritor francês Gerald du Maurier, famoso na época. E a partir do ano seguinte, obras de ficção começaram a ser adaptadas. Em 1903, foi registrado um filme mudo "Shelock Holmes Baffled", de 30 segundos, feito nos EUA, baseado na obra de Conan Doyle. Também no mesmo ano, Alice no País das Maravilhas, obra de Lewis Carroll, ganhou sua primeira versão cinematográfica, um curta metragem mudo "Alice Wonderland".


Selecionei alguns livros, clássicos da literatura, que foram adaptados para o cinema. 
  • O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas;
  • Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas;
  • Madamy Bovary, de Flaubert;
  • Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll;
  • O Nome da Rosa, de Humberto Eco;
  • O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde;
  • Drácula, de Bram Stoker;
  • Sherlock Holmes, de Conan Doyle;
  • Frankestein, de Mary Shelley;
  • Peter Pan, de J. M. Barrie;
  • Macunaíma, de Mario de Andrade;
  • Vidas Secas, de Graciliano Ramos;
  • O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna;
  • O Pagador de Promessas, de Dias Gomes;
  • O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo;
  • O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos;
  • Dom Casmurro, de Machado de Assis;
  • Capitães de Areia, de Jorge Amado;
  • Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto;
  • A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.




16 de maio de 2020

Fique em casa!

A minha ausência por aqui não foi em vão, pude me abastecer de novos aprendizados e também surgiu novas responsabilidades. 
Chegamos em 2020, tudo parecia fluir como normalmente, mas silenciosamente fomos caindo em meio a uma pandemia que fez o mundo parar, literalmente. Estamos ainda perplexos, sem eixo, mas estamos nos reiventando, criando novos olhares para o mundo e cada vez mais conectados. Estar seguro, é estar isolado. Estar seguro, é estar bem de saúde. Estar seguro pode ser só por hoje, não sabemos... 
Que não nos falte a esperança que tudo isso vai passar e que sairemos mais fortes, modificados internamente. Contudo, não sabemos.

Para nos encher de boas vibrações, um poema de Cora Coralina que, coincidentemente, nos representa neste momento. Nós, mascarados do século XXI, precisamos semear bons frutos para um planeta melhor.


Mascarados 
(Cora Coralina)
Saiu o Semeador a semear
Semeou o dia todo
e a noite o apanhou ainda
com as mãos cheias de sementes.
Ele semeava tranqüilo
sem pensar na colheita
porque muito tinha colhido
do que outros semearam.
Jovem, seja você esse semeador
Semeia com otimismo
Semeia com idealismo
as sementes vivas
da Paz e da Justiça.


19 de agosto de 2017

Drummond, eterno!


"E como ficou chato ser moderno. 

                                                                                        Agora serei eterno."


Há 30 anos, em 17 de agosto de 1987, Carlos Drummond de Andrade se tornaria, de fato, eterno. Ele partiu 12 dias após o falecimento de sua única e tão amada filha, Maria Julieta. 
Drummond, poeta, cronista, contista, pensador, itabirano, carioca, humano... são tantas as faces que não cabem em um espaço, em um poema, em um universo. 


Poeta querido, em homenagem, o meu canto de amor eterno:

O Amor Bate na Aorta

Cantiga de amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for, -
é o amor.

Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.

O amor bate na porta
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.

Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.

Amor é bicho instruído.

Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender...


(Carlos Drummond de Andrade)


Em 31 de outubro, no Dia D, será lançado "Uma Forma de Saudade - Páginas de Diário", pela Companhia das Letras. Nessa obra estarão trechos dos diários do escritor, herdados pelo neto Pedro. Segundo o caderno de cultura do Estadão, esse livro terá tiragem limitada por conta do projeto gráfico especial. Uma preciosa homenagem!