10 de maio de 2013

Rubem Fonseca

O escritor nasceu em 11 de maio de 1925, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Formou-se em Direito e iniciou sua atividade profissional na polícia, como comissário do 16º Distrito Policial de São Cristóvão, Rio de Janeiro. A maior parte de sua atividade como policial esteve voltada ao serviço de relações públicas. Em 1934, foi estudar Administração na New York University.  De volta ao Brasil, atuou na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, ministrando aulas sobre seu campo de trabalho. Ao deixar a Polícia, o escritor ainda teve uma passagem pela Light, antes de se dedicar totalmente à literatura.
É considerado um dos melhores autores de conto e romance policial. Com narrativas envolventes e ágeis, ele retrata as contradições do universo urbano, destacando muitas vezes alguns tipos humanos  e grupos sociais esquecidos ou marginalizados: o ladrão, o inspetor de polícia, o cobrador de ônibus, a prostituta, etc.
Rubem Fonseca também escreveu críticas cinematográficas para a revista Veja.
Em 2003, recebeu o Prêmio Camões, o mais importante do idioma português.
Além de ser um escritor premiado, teve obras adaptadas para o cinema, teatro e televisão. 
Entre as obras do autor, destacamos: A Coleira do cão (1965); Lúcia McCartney (1969); O homem de Fevereiro ou Março (1973); Feliz Ano Novo (1975); O Cobrador (1979); Romance Negro (1992); O Caso Morel (1973); A Grande Arte (1983); Bufo & Spallanzani (1985) e Agosto (1990), O Selvagem da Ópera (1994), O Buraco na Parede (1995), O Romance Morreu (2007).

Rubem Fonseca comemora 88 anos de vida. Ele é viúvo e tem três filhos.
 
***
 
O outro
 
Eu chegava todo dia no meu escritório às oito e trinta da manhã. O carro parava na porta do prédio e eu saltava, andava dez ou quinze passos, e entrava.
Como todo executivo, eu passava as manhãs dando telefone­mas, lendo memorandos, ditando cartas à minha secretária e me exasperando com problemas. Quando chegava a hora do almoço, eu havia trabalhado duramente. Mas sempre tinha a impressão de que não havia feito nada de útil.
Almoçava em uma hora, às vezes uma hora e meia, num dos restaurantes das proximidades, e voltava para o escritório. Havia dias em que eu falava mais de cinquenta vezes ao telefone. As cartas eram tantas que a minha secretária, ou um dos assistentes, assinava por mim. E, sempre, no fim do dia, eu tinha a impressão de que não havia feito tudo o que precisava ser feito. Corria contra o tempo. Quando havia um feriado, no meio da semana, eu me irritava, pois era menos tempo que eu tinha. Levava diariamente trabalho para casa, em casa podia produzir melhor, o telefone não me chamava tanto.
Um dia comecei a sentir uma forte taquicardia. [...]

Para continuar a leitura do conto, acesse: http://www.releituras.com/rfonseca_outro.asp

                           
 
"Quanto a mim, o que me mantém vivo é o risco iminente da paixão e seus coadjuvantes, amor, ódio, gozo, misericórdia." 
(Rubem Fonseca)

Pesquisa:
CEREJA, Willian Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura Brasileira.São Paulo: Atual, 2000.
http://www.infoescola.com/biografias/rubem-fonseca/
http://pesquisandorubemfonseca.blogspot.com.br/p/adaptacoes.html
http://www.releituras.com/rfonseca_bio.asp
 

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